sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Carta para o 9º


Memorias... Memorias curtas, longas, infinitas, banais, estimulantes, tristes, românticas, melancólicas talvez. Memorias risonhas, chorosas, depressivas, brincalhonas, estranhas, simplesmente estranhas. Memorias de alguns anos atrás quando conheci alguns de vocês, nós éramos tão diferentes, uns baixos e gordinhos, outros que desde pequenos pareciam modelos, e bem... Eu. Passamos por fases, umas inesquecíveis e ao mesmo tempo constrangedoras. Lembro de alguns de nós amarando as camisas, levantando as calças, colocando maquiagens ridículas e íamos dançar Calypso. Vish, nem vou falar do tempo de rebelde. Lembro-me de todas as gargalhadas , umas extremamente estranhas, mais estas são as que me fazem bem quando estou triste.

Guardo em minha mente recordações do 4º ano, quando nossa maior alegria foi descobrir o nome do namorado da professora Virginia no meio da festa surpresa. Tenho também memorias do 7º ano, que eu tinha que jogar a cadeira em Luan e Samuel pra ele pararem de cantar Só rezo de NX, de quando Rayane era fofinha, calma e calada(não que não seja ainda), de guando virava para trás para conversa com Lucas Hedy, também lembro da risada de Milena toda vez que Lucas Emanuel contava uma piada, e por ai vai... Isso não mudou muito, sei que alguns se foram, mais oque é que tem? As memorias estão aqui, não estão? Bem, que se tivesse uma maquina de voltar no tempo gostaria de reviver tudo. 8º ano, como é que eles tem coragem de separar a gente? Não que tenhamos deixado os professores em paz. Nossa, é como se fosse ontem, lembro de cada mínimo detalhe, de quando Lucas Bezerra se declarou pra Tallyane Karen, dos cochilos de Cintia no meio da aula de artes, de Gabriela começando a ficar tarada, das aulas de Ed. Fisica (se bem que a gente não assistia muito as aula, íamos pra nosso Blackout), de quando eu e Joyce Karla descobrimos que tínhamos o mesmo peso, minha gemula s2 e acima de tudo, lembro-me que a gente deixava a prof. De religião falando sozinha e corríamos para a sala de informática... Tantas lembranças que eu vou pular um pouco. 9º ano, o fim e ao mesmo tempo o começo, pessoas novas pra entrar pra listinha. Momentos como o da guerra de pasta nunca serão esquecidos, e ai Kaio com K já conseguiu tirar a pasta que Luiz passou na sua bunda? Joycinha minha frô que eu gosto tanto de apertar a bochecha, Tallyane Souza, ops! Quer dizer Cida. Vou sempre lembrar do gritinho que Ana Clara nós ensinou (bem, eu não posso dizer agora) e do dia que balançamos a arvore até cair todos os tamarindos, nunca tinha visto ninguém brigar por uma coisinha não pequena e tão azeda. Esse ano não foi só marcado pelas pessoas novas, mais também pela brincadeira de Gloria ou até mesmo a do quem sou eu, por Germano imitando a voz de todo mundo, da zoada que o celular de Claudinha fazia no meio da aula, da risada de Mikelly, das historias demonstrativas de Waleska, do brilho nós olhos de Clara todo dia de manhã, pelos fechas que nossos queridos professores nós ensinaram, pelas nossas caras de raiva quando descobríamos que as bandeirinhas do são João estavam na frente do quadro, pelos pulos e “manobras radicais” quando ficávamos com a nota, dos tombos inesperados, paixões platônicas, despedidas, bolinhas de papeis que nós acertavam nós piores lugares (exemplo: no olho), das 

dancinha de vitória, respostas idiotas quando a professora perguntava alguma coisa... Nunca pensei que fosse tão difícil dizer adeus.

Cada um vai ficar em minha memoria, de um jeito bom ou ruim, mais marcou. Esse ano vamos nós despedir, talvez para sempre, mais como Italo disse: isso não é um adeus, é um até mais.” Vou guarda em minha memoria cada recordação, cada palavra, lagrima e principalmente cada sorriso, porque né véi na boa. Não quero chorar agora, porque isso é apenas um preludio, nós vamos seguir em frente agora, viraremos homens e mulheres com uma passado, um longo, lindo e divertido passado. Não nego minha origens, e se alguém me perguntar “ como você era antes?” eu vou responder com um brilho nós olhos “Eu era a menininha que adorava rebelde mexicano, que pulava a janela pra ir pra rua, que jogava o cabelo pra frente e gritava ‘isso é Calypso’, eu era a menininha que tinha os melhores amigos do mundo, porque né? Como eu ia ser doida sozinha.” Outro capítulo do livro, Não pode voltar, mas vocês podem olhar, e lá estamos nós, em cada página. Memórias que eu sempre vou guardar. Eu sempre soube que esse dia chegaria. Nós estaríamos em pé, um por um. Com o nosso futuro, em nossas mãos. Tantos sonhos, tantos planos. Sempre soube que após todos esses anos, haveria risadas e lágrimas, mas nunca pensei que eu iria embora, com tanta união, mas tanta dor... Mas ontem se foi, temos que continuar andando. Sou tão grata pelos momentos. Tão feliz por ter conhecido vocês. Os tempos que tivemos eu vou guardar como foto. Eu vou prendê-los em meu coração para sempre. Eu sempre vou lembrar de vocês. Todos os dias que tínhamos tudo de bom tudo de ruim. Eu vou guardá-los aqui dentro. Todos os tempos que compartilhamos, todos os lugares, em toda parte. Vocês tocaram minha vida. Sim, um dia vamos olhar para trás, vamos sorrir e nós vamos rir. Mas agora vamos apenas chorar. Porque é tão difícil dizer adeus.
Vocês tem milhões de maneiras de me fazer rir. Alguns sabem segredos que eu nunca poderia contar. E quando erro apontam o dedo na minha cara de diz “eu te disse”, mais logo depois diz “fica assim não”. Amigos verdadeiros consegui aqui, sei que alguns sempre vão estar comigo, até nós piores momentos. Dizem que humanos são anjos de uma asa só, pra mim vocês são mais que perfeitos pra caramba. Só quero que vocês entendam que eu sempre estarei com você, mesmo que você me mandem embora, por mais que as coisas compliquem, por mais que o mundo acabe, por mais que alguns não me amem.
Perdida aqui neste momento. E o tempo continua deslizando. E se eu pudesse ter apenas um desejo. Eu desejaria ter vocês ao meu lado. Obrigado por tudo gente e desculpe os que eu não citei, é porque alguns foram mais que palavras podem expressar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário